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Guarda Civil de Francisco Franco – Controle e Repressão

Guarda Civil de Francisco Franco – Controle e Repressão

Os homens de aparência severa na imagem são os policiais rurais (Guarda Civil) do General Francisco Franco, ditador que ascendeu após triunfar na Guerra Civil Espanhola e governou a Espanha com mão de ferro entre 1939 e 1975. Tais homens eram responsáveis pela lei nacional e patrulhavam o campo, onde eram temidos pelas pessoas nas aldeias e vilarejos, locais muito vigiados pela ditadura espanhola e onde também havia polícia local.

Os homens de aparência severa na imagem são os policiais rurais (Guarda Civil) do General Francisco Franco, ditador que ascendeu após triunfar na Guerra Civil Espanhola e governou a Espanha com mão de ferro entre 1939 e 1975. Tais homens eram responsáveis pela lei nacional e patrulhavam o campo, onde eram temidos pelas pessoas nas aldeias e vilarejos, locais muito vigiados pela ditadura espanhola e onde também havia polícia local.

Guarda Civil Espanhola

Durante a ditadura de Francisco Franco na Espanha, que durou de 1939 até sua morte em 1975, a Guarda Civil desempenhou um papel crucial no controle e repressão das áreas rurais do país. Esta força policial, que já existia antes da ascensão de Franco, foi adaptada e reforçada para servir aos interesses do regime, garantindo a manutenção da ordem e combatendo qualquer forma de resistência. A atuação da Guarda Civil sob o regime franquista é lembrada como um período de intensa repressão, especialmente nas zonas rurais, onde o controle social e a repressão política eram exercidos com rigor.

Ascensão de Francisco Franco

Francisco Franco ascendeu ao poder após a Guerra Civil Espanhola (1936-1939), que terminou com a vitória das forças nacionalistas sobre a Segunda República Espanhola. Franco estabeleceu uma ditadura militar que durou até sua morte em 1975. Durante esse período, o regime de Franco implementou políticas repressivas para eliminar a oposição e manter um controle rigoroso sobre a sociedade espanhola. A Guarda Civil, uma força policial paramilitar com uma longa tradição na Espanha, tornou-se um dos principais instrumentos do regime para garantir esse controle, especialmente em áreas rurais.

A Guarda Civil antes de Franco

Fundada em 1844, a Guarda Civil foi criada para garantir a segurança nas áreas rurais da Espanha, combatendo o banditismo e mantendo a ordem pública. Ao longo do tempo, tornou-se uma força de segurança respeitada, mas também temida, especialmente nas regiões mais isoladas. Com a ascensão de Franco, a Guarda Civil foi integrada ao aparato repressivo do Estado, desempenhando um papel central na manutenção da ditadura.

Controle e Vigilância nas Áreas Rurais

Sob o regime de Franco, a Guarda Civil era responsável por garantir que a ideologia franquista fosse aplicada em todas as partes do país, incluindo as regiões rurais, onde o controle do governo central era mais difícil de exercer. A força policial utilizou táticas de vigilância, intimidação e repressão para manter a ordem e suprimir qualquer forma de dissidência. Os guardas civis patrulhavam vilas e aldeias, monitorando a população, prendendo suspeitos de atividades subversivas e garantindo que a população obedecesse às diretrizes do regime.

As áreas rurais da Espanha eram vistas como potencialmente perigosas pelo regime franquista, especialmente devido à presença de grupos de resistência e guerrilheiros conhecidos como maquis. Esses grupos, compostos por comunistas, republicanos e outros opositores ao regime, operavam principalmente nas regiões montanhosas e remotas, onde tentavam organizar a resistência armada contra o governo. A Guarda Civil foi encarregada de combater esses grupos, utilizando métodos brutais para desmantelar a resistência. Prisões arbitrárias, torturas e execuções extrajudiciais foram amplamente utilizadas para aterrorizar a população e eliminar qualquer apoio aos guerrilheiros.

Doutrinação e Propaganda

Além da repressão física, a Guarda Civil também participou de campanhas de propaganda e doutrinação nas áreas rurais. O objetivo era garantir que a população aderisse aos valores do regime, que incluíam a defesa da unidade nacional, do catolicismo e da obediência à autoridade. A educação nas escolas rurais foi controlada rigorosamente, com o currículo ajustado para promover a ideologia franquista. A presença constante da Guarda Civil nas comunidades rurais servia para reforçar o medo e a conformidade, garantindo que qualquer forma de desvio fosse prontamente reprimida.

Continuidade Pós-Franquismo

Com a morte de Franco em 1975 e a transição para a democracia, a Guarda Civil passou por reformas, mas o legado de seu papel durante a ditadura deixou marcas na instituição. A transição democrática na Espanha foi em grande parte pacífica, mas o processo de reconciliação com o passado foi complexo. O papel repressivo da Guarda Civil durante o franquismo tornou-se um tema controverso, com a necessidade de equilibrar a continuidade institucional com o reconhecimento das injustiças cometidas.

Referências
FOTO – W. Eugene Smith—Time & Life Pictures/Getty Images
Beevor, Antony. The Battle for Spain: The Spanish Civil War 1936-1939. Penguin Books, 2006.
Preston, Paul. The Spanish Holocaust: Inquisition and Extermination in Twentieth-Century Spain. HarperCollins, 2012.
Richards, Michael. A Time of Silence: Civil War and the Culture of Repression in Franco’s Spain, 1936-1945. Cambridge University Press, 1998.
Juliá, Santos. Historias de las Dos Españas. Editorial Taurus, 2004.
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