Guerra dos Boxers: A Luta da China por Sua Liberdade

Uma representação artística de uma batalha durante a Guerra dos Boxers, mostrando o confronto entre as forças chinesas e as tropas estrangeiras. Esta imagem captura a intensidade e a violência dos combates que ocorreram em diversas frentes, destacando a resistência chinesa contra a invasão das potências ocidentais e japonesas. Fonte: Britannica

No final do século XIX, a China enfrentava grandes desafios. Países estrangeiros tinham muito poder lá. Isso causava raiva no povo. Então, um grupo de pessoas se revoltou. Esse grupo era chamado de Boxers. Eles queriam os estrangeiros fora da China. Eles lutaram pela liberdade do seu país.

Por Que a China Se Revoltou? Entenda as Causas

Essa guerra aconteceu de 1899 a 1901. Ela mostrou a grande insatisfação chinesa. O povo não queria ser mandado por outros países. Em 1895, a China perdeu uma guerra para o Japão. Por isso, perdeu terras importantes. A Ilha Formosa e a Manchúria são exemplos. O governo chinês também estava fraco. Assim, países do Ocidente e o Japão controlavam partes da China. Eles faziam acordos injustos. Davam vantagens a pessoas de fora. Isso fez o povo querer um país forte. Eles queriam a China para os chineses.

Quem Eram os Boxers?

O movimento começou com um grupo chamado Yihetuan. Os estrangeiros os chamavam de “Boxers”. O nome veio das artes marciais que eles praticavam. Eles se viam como “Punhos da Justiça e da Concórdia”. No início, eles queriam tirar a dinastia Qing do poder. Achavam que o governo era fraco. Também queriam expulsar os estrangeiros. Mas tudo mudou em 1898. Forças chinesas contra os estrangeiros tomaram o governo. Elas convenceram os Boxers a se unir ao governo. O novo lema era “Apoie o governo Qing e extermine os estrangeiros”.

Desastres Naturais e Crenças Fortes

O Norte da China teve desastres em 1898. Houve grandes enchentes e secas. Os Boxers culparam os estrangeiros e os cristãos por isso. Eles acreditavam que seus rituais de luta os protegiam de balas. Alguns oficiais do governo e a Imperatriz Viúva Cixi apoiaram essa ideia. Por causa disso, os Boxers atacaram coisas dos estrangeiros. Por exemplo, as ferrovias. Eles também perseguiram missionários cristãos. E chineses que viraram cristãos. Eles eram vistos como traidores.

O Ponto Alto da Rebelião: O Cerco a Pequim

Em maio de 1900, os Boxers atacaram mais. Eles se espalharam perto de Pequim. Queimaram igrejas e casas de estrangeiros. Também mataram cristãos chineses. A situação piorou muito rápido. Diplomatas, missionários e soldados se esconderam. Centenas de cristãos chineses também se esconderam. Eles foram para um lugar chamado Bairro das Legações em Pequim. O lugar foi cercado por 55 dias. O cerco durou de 20 de junho a 14 de agosto de 1900. Esse evento foi o centro do conflito.

Ajuda de Outros Países

Por causa da situação grave, vários países se uniram. Essa união foi chamada de Aliança das Oito Nações. Tinha tropas dos Estados Unidos, Áustria-Hungria, Grã-Bretanha, França, Alemanha, Itália, Japão e Rússia. Em 17 de junho, eles tomaram os fortes de Dagu. Isso abriu o caminho para Pequim. A Imperatriz Viúva Cixi declarou guerra. Ela apoiou os Boxers. Mas as autoridades do sul da China não obedeceram. Elas queriam proteger seus interesses. Assim, evitaram mais conflitos.

Queda da Capital e os Saques

A Aliança das Oito Nações tinha 20.000 soldados. Eles foram para Pequim. Venceram o exército chinês em Tianjin. Chegaram à capital em 14 de agosto de 1900. O cerco acabou. Depois que Pequim foi tomada, houve muitos saques. A cidade e o campo foram saqueados. Pessoas suspeitas de serem Boxers foram mortas na hora. A Cidade Proibida, um símbolo da China, também foi saqueada. Isso foi muito triste para a dinastia Qing.

O Fim da Guerra dos Boxers e o Que Ela Deixou

Uma imagem chocante da execução pública de um líder Boxer na China, durante a Guerra dos Boxers. Esta cena reflete a brutalidade do conflito e as severas retaliações impostas aos rebeldes. A fotografia, datada de 1900, captura um momento sombrio da história chinesa, evidenciando o destino daqueles que se opunham à presença estrangeira. Fonte: © Keystone/Getty Images

A Guerra dos Boxers trouxe grandes problemas para a China. Ela também mudou a relação do país com os estrangeiros. Milhares de pessoas morreram. Entre elas, civis chineses, missionários e soldados. A maioria das vítimas era de civis. Principalmente cristãos chineses e Boxers.

O Acordo Injusto: Protocolo Boxer

Em 7 de setembro de 1901, foi assinado o Protocolo Boxer. Foi um acordo humilhante para a China. Ele impôs condições duras. Por exemplo, funcionários do governo que apoiaram os Boxers foram mortos. Tropas estrangeiras puderam ficar em Pequim. A China teve que pagar muito dinheiro. Foram 450 milhões de taéis de prata. Esse valor era maior que a arrecadação anual do governo. O pagamento seria feito em 39 anos. O Protocolo Boxer enfraqueceu ainda mais a dinastia Qing. Isso acelerou seu fim. Também levou a tentativas de reformas.

Legado: Reformas e o Despertar Chinês

A fraqueza da dinastia Qing ficou clara. O país precisava se modernizar. A rebelião foi derrotada. Mas ela acendeu o nacionalismo chinês. Mostrou que o povo resistiria à dominação estrangeira. As reformas que vieram depois tentaram fortalecer o império. Mas não foram o bastante. A Revolução Chinesa de 1911 derrubou a dinastia Qing. Assim, terminou um governo imperial de milhares de anos. A Guerra dos Boxers é um evento muito importante. Ela mostra a luta por liberdade. E também o despertar de uma nação. Tudo isso em um mundo dominado pelo imperialismo.

Referências:
Britannica, T. Editors of Encyclopaedia (2025, August 29). Boxer Rebellion.
Mundo Educação. Guerra dos Boxers.
Wikipedia. Levante dos Boxers*.

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