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Ashkelon: O Enigma dos Bebês do Esgoto

Ashkelon: O Enigma dos Bebês do Esgoto

Em 1988, arqueólogos fizeram uma descoberta chocante em um esgoto bizantino em Ashkelon, em Israel. Eles encontraram ossadas de cerca de 100 bebês. As ossadas estavam em um estado bem preservado, proporcionando uma visão perturbadora da vida na antiguidade.

As ossadas do esgoto do Ashkelon

Os cientistas ficaram intrigados com o motivo dessa descoberta. Estudos indicaram que os bebês tinham menos de uma semana de vida quando morreram. Uma teoria é que eles poderiam ser filhos de prostitutas, descartados após o nascimento. A prática de infanticídio não era incomum na antiguidade, especialmente em casos de ilegitimidade ou pobreza. Essa teoria é apoiada pela localização próxima a um antigo bordel, sugerindo uma conexão direta com a prostituição.

Outra hipótese é que a alta mortalidade infantil fosse comum naquela época, e os corpos eram simplesmente eliminados dessa maneira. A descoberta levantou questões sobre a sociedade bizantina e suas práticas. O mistério das ossadas de bebês continua a fascinar e provocar debates entre arqueólogos e historiadores.

Ashkelon, durante o período bizantino, a sociedade era uma mistura de culturas e religiões. A cidade era um importante centro comercial e portuário, facilitando o comércio entre o Mediterrâneo e o interior. A população incluía cristãos, judeus e pagãos, que conviviam e contribuíam para a diversidade cultural e econômica. Os pilares da economia eram a agricultura, comércio e pesca. A cidade também abrigava instalações públicas como banho e teatros, que eram pontos de encontro social.

Referências bibliográficas:
Deem, James M. Bones Never Lie: How Forensics Helps Solve History’s Mysteries. Houghton Mifflin Harcourt, 2014.
Evans, Helen C. Byzantium and Islam: Age of Transition, 7th-9th Century. Metropolitan Museum of Art, 2012.
Schick, Robert. The Christian Communities of Palestine from Byzantine to Islamic Rule: A Historical and Archaeological Study. Darwin Press, 1995.
Magness, Jodi. The Archaeology of the Early Islamic Settlement in Palestine. Eisenbrauns, 2003.

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