O Santo Sudário de Turim
O Santo Sudário de Turim, que muitos acreditam ser a prova cabal da existência tanto de cristo quanto de seu ritual de crucificação, encontra-se em Turim, na Itália, desde o século XIV.
A história do Sudário de Turim
A história do Sudário de Turim antes do século XIV é desconhecida, pois não há registros históricos anteriores a essa época. Historiadores mencionam relatos de um pano semelhante que esteve em posse dos imperadores bizantinos. Contudo, quando Constantinopla foi saqueada em 1204, a mortalha desapareceu, e não é possível confirmar se o sudário atual é o mesmo referido nos relatos.
Existem relatos de outras relíquias com a imagem de Jesus veneradas durante a Idade Média. No entanto, não há evidências históricas de que esses panos estejam relacionados ao Santo Sudário de Turim. A história documentada do sudário começa em 1453, quando Margaret de Charny o entregou à Casa de Saboia.
No século XVI, o sudário sofreu danos em um incêndio na capela de Chambery, onde estava guardado, sendo então transferido para Turim. O sudário foi revelado ao público no século XIX, quando foi fotografado pela primeira vez para uma exposição. Em 1983, a Casa de Saboia doou o sudário ao Vaticano. Em 1997, ele sofreu novamente com um incêndio, posteriormente considerado criminoso.
Santo Sudário: falso ou verdadeiro?
Desde antes da doação ao Vaticano, a veracidade do Sudário de Turim é tema de debate entre religiosos e cientistas. Aqueles que acreditam na autenticidade do sudário apontam que as manchas são de sangue real, o tecido é compatível com os fabricados no século I no Oriente Médio, e encontraram-se pólens e mofos da região onde Jesus viveu. Além disso, as marcas de sofrimento no sudário correspondem à posição correta das lesões.
Testes em laboratório
As marcas de prego no sudário estão nos pulsos, não nas mãos, alinhando-se com a precisão científica. No final da década de 1980, o Vaticano autorizou a datação por carbono-14 em várias universidades europeias. Os resultados foram unânimes: os laboratórios da Universidade de Oxford, Universidade do Arizona e Instituto Federal Suíço de Tecnologia dataram as amostras entre 1260 e 1390. Os defensores da autenticidade argumentam que as amostras testadas eram de remendos feitos na Idade Média após um incêndio.
Debate contínuo
Apesar dos testes, as origens do sudário continuam sendo debatidas entre historiadores, pesquisadores e teólogos. Diversas publicações apresentam argumentos tanto a favor quanto contra sua autenticidade, propondo várias teorias científicas sobre o sudário. Embora atualmente a comunidade científica veja o sudário como uma relíquia confeccionada na Idade Média, ele ainda levanta muitas discussões.