Matthew Hopkins – O Infame e Temido Caçador de Bruxas
Matthew Hopkins, conhecido como o “caçador de bruxas”, ganhou notoriedade entre 1644 e 1646, durante o período turbulento da Guerra Civil Inglesa. Hopkins alegou ser o “Caçador Geral de Bruxas” e iniciou uma campanha brutal contra supostos praticantes de bruxaria, especialmente no leste da Inglaterra. Sua carreira começou na cidade de Manningtree, Essex, onde várias mulheres foram acusadas de bruxaria.
Métodos de Investigação de Matthew Hopkins
Para identificar e condenar bruxas, Hopkins e seu assistente, John Stearne, empregavam métodos cruéis e frequentemente sem fundamentos sólidos. A técnica do pricking envolvia espetar a pele dos acusados com agulhas para encontrar “marcas do diabo”, que supostamente não sangravam. Além disso, o swimming test era uma prática comum, na qual os suspeitos eram amarrados e jogados na água. A flutuação era considerada uma prova de culpa, baseada na crença de que a água “rejeitava” bruxas.
Os julgamentos conduzidos por Hopkins resultaram em um grande número de execuções. Estima-se que cerca de 300 pessoas foram acusadas de bruxaria, com aproximadamente 100 execuções. As acusações frequentemente eram baseadas em evidências frágeis, como rivalidades locais e rumores. As confissões eram muitas vezes obtidas sob tortura, o que comprometia a validade dos testemunhos. Os métodos brutais de Hopkins e o elevado número de execuções geraram controvérsias e questionamentos sobre a legitimidade de suas ações.
Declínio e Morte
Contudo, a brutalidade e os métodos questionáveis de Hopkins começaram a gerar descontentamento. Em 1646, um pregador chamado John Gaule criticou publicamente Hopkins e sua caça às bruxas, escrevendo um tratado contra suas práticas. A crescente oposição e a falta de apoio financeiro eventualmente levaram ao declínio das atividades de Hopkins. Em 1647, Matthew Hopkins faleceu, possivelmente de tuberculose, encerrando assim seu reinado de terror.
Impacto Cultural
A figura de Matthew Hopkins inspirou diversas obras na literatura e no cinema. Filmes como “Witchfinder General” (1968) retratam suas atividades com uma mistura de fatos e ficção. Na literatura, sua vida e ações são frequentemente exploradas para discutir os temas de abuso de poder, justiça e moralidade. Hopkins continua a ser uma figura fascinante e aterrorizante na história da caça às bruxas.