Pau-de-Arara: Instrumento Nefasto da Ditadura Militar
Durante a parada militar em Belo Horizonte, a primeira turma de alunos da Guarda Rural Indígena se formava. Um homem era carregado em um “pau-de-arara”. Esse era um dos instrumentos de tortura mais usados na época.
Joaquim de Souza
O homem torturado em público durante a parada militar em Belo Horizonte, que marcou a formatura da primeira turma de alunos da Guarda Rural Indígena, foi Joaquim de Souza. Joaquim era um ativista político que se opunha ao regime militar brasileiro. Durante o evento, Joaquim foi amarrado em um “pau-de-arara”, um dispositivo de tortura amplamente utilizado na época. Este ato brutal exemplificou a repressão e as táticas de intimidação usadas pela ditadura militar no Brasil para manter o controle e suprimir a dissidência.
A exibição de Joaquim de Souza em público amarrado a um “pau-de-arara” teve um profundo impacto. Não só reforçou o clima de medo e repressão, mas também gerou indignação entre os defensores dos direitos humanos. Este evento é lembrado como um dos muitos abusos cometidos durante a ditadura militar no Brasil.
Brasil Nunca Mais
O projeto “Brasil Nunca Mais” (BNM) foi uma iniciativa importante para documentar as violações de direitos humanos durante a ditadura militar no Brasil. Lançado em 1979, o projeto foi liderado pelo Conselho Mundial de Igrejas e pela Arquidiocese de São Paulo. Seu objetivo era coletar e preservar evidências de tortura, assassinatos e desaparecimentos.
Os pesquisadores do BNM tiveram acesso aos arquivos do Superior Tribunal Militar. Eles copiaram mais de um milhão de páginas de processos judiciais que documentavam abusos cometidos por agentes do Estado. Em 1985, o relatório final foi publicado, revelando detalhes chocantes sobre a repressão política.