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Gilles de Rais: O Homem do Saco

Gilles de Rais: O Homem do Saco

A terrível reputação de Gilles de Rais inspirou o surgimento de várias lendas. Uma delas é a do “homem do saco”, um personagem folclórico usado para assustar crianças desobedientes. A história do “homem do saco” envolve um homem que captura crianças e as leva embora, muitas vezes em um saco. Essa figura aterrorizante reflete os crimes reais de Gilles de Rais, que sequestrava crianças de forma similar.

A associação de Gilles de Rais com a criação da lenda do “homem do saco” vem de sua notoriedade e dos crimes hediondos que cometeu. As histórias sobre ele foram passadas de geração em geração, transformando-se em lendas que misturam fatos e ficção. Assim, Gilles deixou um legado sombrio na cultura popular, simbolizando o medo e o perigo para as crianças.

Gilles de Rais

Gilles de Rais foi um nobre francês do século XV, conhecido por ser companheiro de Joana d’Arc. Rais também famoso por sua vida criminosa e trágica. Após a morte de Joana, Gilles de Rais começou a se envolver em práticas ocultistas e sombrias. O francês foi acusado de sequestrar, abusar e assassinar muitas crianças, principalmente meninos.

A descoberta dos crimes cometidos por ele começou em 1440. Moradores locais notaram o desaparecimento de muitas crianças na região. Isso levantou preocupações e suspeita. Uma investigação foi iniciada pelas autoridades da Igreja e do Estado. Testemunhas relataram ver crianças entrando nos castelos de Gilles de Rais e nunca mais saindo. Essas denúncias levaram a uma investigação mais profunda. A confissão de seus cúmplices e as evidências encontradas em seus castelos confirmaram os crimes. Rais foi preso e levado a julgamento.

Julgamento

O julgamento começou em 1440. O réu foi acusado de crimes horríveis, incluindo sequestro, abuso e assassinato de muitas crianças. A Igreja e o Estado participaram do julgamento. Rais foi julgado tanto por crimes seculares quanto bruxaria e heresia. Durante o julgamento, muitos testemunhos descreveram os atos terríveis de Gilles de Rais. A corte ouviu relatos detalhados das práticas sádicas e rituais ocultistas que ele realizava. A confissão do réu chocou a todos e confirmou suas atrocidades.

Gilles de Rais foi condenado por todos os crimes. A pena imposta foi a sentença de morte. Em 26 de outubro de 1440, foi enforcado e depois queimado. Sua execução marcou o fim de um dos julgamentos mais infames da história medieval. O caso continua a ser lembrado como um exemplo extremo de corrupção e maldade.

Referências bibliográficas:
Bataille, Georges. The Trial of Gilles de Rais. Amok Books, 1991.
Williams, David. The Monster of Bretagne: Blood Crimes and the Life of Gilles de Rais. HarperCollins, 1994.
Gibbons, Rachel. “Gilles de Rais: The Authentic Bluebeard.” History Today, vol. 49, no. 5, 1999, pp. 38-44.

 

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