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Rio Tietê: A Primeira Travessia em 1924

Rio Tietê: A Primeira Travessia em 1924

Em 1924, ocorreu a primeira travessia oficial a nado do Rio Tietê, um evento marcante na história de São Paulo. Na época, o Rio Tietê era um rio limpo e utilizado pela população para competições e lazer. Na imagem, é possível ver a chegada da primeira travessia a nado do Rio Tietê, no ano de 1924. Foto do Acervo do Clube Esperia.

O Rio Tietê na Década de 1920

Nos anos 1920, o Rio Tietê era uma parte vital da vida dos paulistanos. Suas águas eram claras e navegáveis, e o rio era utilizado para pesca, natação, e como uma rota de transporte. A cidade de São Paulo, que crescia rapidamente, ainda mantinha uma conexão direta com o Tietê, e suas margens eram locais de encontro e recreação.

A Travessia de 1924

A primeira travessia a nado do Rio Tietê foi organizada pela Gazeta Esportiva, um dos principais jornais esportivos da época, com o objetivo de incentivar a prática da natação e promover o rio como um espaço público de lazer. O evento foi amplamente divulgado e atraiu um grande número de participantes e espectadores.

O percurso da travessia não era fixo, mas geralmente abrangia uma distância de aproximadamente 1,5 a 3 quilômetros, dependendo das condições do rio e da logística do evento. A travessia começava em um ponto específico do rio, geralmente próximo ao centro da cidade, e terminava em um local destacado, onde os nadadores eram recebidos com aplausos.

A primeira travessia do Rio Tietê ajudou a popularizar a natação como esporte em São Paulo. O evento foi repetido anualmente, tornando-se uma tradição que durou até meados do século XX. Durante as primeiras décadas, a travessia a nado do Tietê continuou a ser um evento importante no calendário esportivo da cidade.

Mudança na Percepção do Rio

Com o crescimento acelerado da cidade e a industrialização, o Rio Tietê começou a sofrer com a poluição a partir da década de 1940. A degradação do rio gradualmente afastou os eventos esportivos e as atividades de lazer das suas margens. Contudo, a memória das travessias a nado do Tietê permanece como um testemunho de um tempo em que o rio era visto como uma parte saudável e vital do ambiente urbano.

Referências
Toledo, Benedito Lima de. São Paulo: Três Cidades em Um Século. Cosac Naify, 2004.
Azevedo, André. História da Natação em São Paulo. Editora Senac São Paulo, 2008.
Faria, Ricardo Luiz de Moraes. O Rio Tietê e a Memória Paulistana. Editora UNESP, 2010.
Ferreira, José Carlos. São Paulo Antiga: Memória de um Tempo que Passou. Editora Brasiliense, 1996.
Diégues, Antonio Carlos. O Rio Tietê: Passado, Presente e Futuro. Editora Unesp, 2004.
Kossoy, Boris. Um olhar sobre o Brasil: A fotografia na construção da imagem da nação (1833 – 2003). 1° edição. São Paulo: Fundación Mapfre e Editora Objetiva, 2012. p. 180.
Cunha, Maria Helena. São Paulo e Suas Águas: História e Memória. Editora Alameda, 2009.
Santos, Pedro Sampaio. As Águas de São Paulo: Memórias de um Rio Vivo. Editora Olhares, 2015.
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